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Cirurgia para Varizes: Quando é Necessária?

Cirurgia para Varizes
Guia de Conteúdo

As varizes são veias dilatadas e tortuosas que afetam milhares de pessoas, principalmente mulheres, podendo gerar dores, inchaços e até complicações mais graves. Essa condição ocorre quando o sangue encontra dificuldade para retornar ao coração, levando ao acúmulo em determinadas áreas das pernas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)¹, cerca de 38% da população brasileira sofre com algum grau de doença venosa crônica. Quando o desconforto se intensifica, surgem dúvidas sobre a cirurgia para varizes e seus benefícios.

A busca por tratamento não deve se basear apenas em questões estéticas. Embora muitas pessoas procurem resolver esse problema visando melhorar a aparência das pernas, fatores clínicos como dores constantes, sensação de peso e risco de feridas também são determinantes para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica. Especialistas alertam para a importância de consultar um profissional capacitado, como um cirurgião vascular, a fim de receber um diagnóstico preciso e orientar a melhor forma de tratamento.

Neste artigo, vamos explorar os principais aspectos relacionados à cirurgia para varizes, trazendo informações atualizadas e confiáveis. Você entenderá quando este procedimento é realmente indicado, quais são os métodos mais seguros e como garantir uma recuperação eficaz e de complicações.

Por que as Veias Dilatadas Surgem e Quais Fatores de Risco?

Para compreender quando a intervenção cirúrgica é necessária, é fundamental entender a origem dos problemas venosos que provocam o aparecimento de veias doentes. Em termos simples, o sangue precisa circular continuamente entre o coração e o restante do corpo, mas quando há falhas nas válvulas internas que auxiliam esse fluxo, o líquido acaba se acumulando em algumas regiões das pernas. Isso acontece com mais frequência em pessoas que passam muito tempo em pé ou sentadas, pois a posição prolongada exige um esforço maior para o retorno venoso.

Além da predisposição genética, outros fatores de risco contribuem para o surgimento dessas veias salientes, como o sedentarismo, o excesso de peso e alterações hormonais. O uso contínuo de pílulas anticoncepcionais ou reposição hormonal, por exemplo, pode aumentar a dilatação dos vasos sanguíneos e agravar a situação. Por isso, médicos recomendam manter uma rotina de exercícios físicos moderados, como caminhadas, pilates ou natação, a fim de estimular a circulação e reduzir a pressão nos membros inferiores.

Em síntese, o acúmulo de sangue nas pernas é o grande vilão desse quadro. Somado aos fatores de risco mencionados, ele acelera o desenvolvimento de veias proeminentes que podem gerar dores, inchaços e, em casos avançados, complicações mais graves.

Sinais de que a Cirurgia Pode ser Necessária

O momento de recorrer à cirurgia para varizes costuma chegar quando os sintomas ultrapassam a questão meramente estética e passam a comprometer a qualidade de vida. Dores intensas, inchaço frequente nos tornozelos e sensação de peso constante podem indicar problemas mais avançados na circulação. Além disso, a presença de varizes com coloração roxa ou azulada, que ficam muito aparentes, associadas à formação de feridas (ulcerações) e mudanças na coloração da pele, é um forte sinal de alerta. Segundo diretrizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, esses sintomas devem ser levados a sério, pois podem evoluir para complicações mais graves, como flebites e tromboses.

Outro fator que reforça a indicação cirúrgica é a ocorrência de sangramentos espontâneos, mesmo que sutis, em áreas onde as veias estão muito superficiais. A falta de tratamento adequado pode levar a inflamações recorrentes e formação de coágulos. Por isso, a avaliação especializada de um cirurgião vascular é crucial para identificar a gravidade do quadro e decidir o melhor procedimento.

Em muitos casos, o médico solicitará exames de imagem, como o Doppler ultrassom, a fim de mapear as veias e analisar o fluxo sanguíneo. Com essas informações em mãos, é possível determinar se outros métodos conservadores (como uso de meias de compressão) ainda podem ajudar ou se chegou a hora de partir para a intervenção cirúrgica.

Métodos Cirúrgicos Disponíveis

Quando as medidas conservadoras não oferecem alívio adequado, é hora de avaliar os principais métodos cirúrgicos para tratar as veias doentes. A técnica mais tradicional, conhecida como stripping, consiste na remoção completa da veia safena doente, garantindo a restauração do fluxo sanguíneo adequado em outras veias saudáveis. Entretanto, procedimentos menos invasivos ganharam força nos anos, como a ablação por radiofrequência e o laser endovenoso. Em ambas as modalidades, introduz-se um cateter dentro da veia afetada, aquecendo suas paredes até que ela se feche por completo.

Outra opção é a microcirurgia, na qual pequenas incisões permitem a retirada de ramos sem danificar tecidos próximos. Já a flebectomia ambulatorial, bastante parecida com a microcirurgia, é realizada com anestesia local e promove a remoção de segmentos específicos de veias comprometidas. Essas técnicas são indicadas a pacientes que não respondem a tratamentos convencionais, como uso de meias de compressão e mudanças no estilo de vida.

De acordo com artigos da American Vein and Lymphatic Society, a escolha do método mais indicado depende da gravidade das veias, do estado geral do paciente e da avaliação minuciosa do cirurgião vascular. Esse profissional poderá recomendar a abordagem que alinhe segurança, eficácia e conforto no processo de recuperação.

Como se Preparar para a Cirurgia

Preparar-se adequadamente para a cirurgia de varizes faz toda a diferença nos resultados. Antes do procedimento, o cirurgião vascular solicitará exames gerais de saúde para avaliar possíveis riscos. Entre eles, destaque para o hemograma completo, coagulograma e ultrassom Doppler, que permitem mapear com precisão as veias afetadas. Também é comum que o médico oriente a suspensão temporária de certos medicamentos, especialmente aqueles que influenciam a coagulação sanguínea, como anti-inflamatórios ou anticoagulantes.

Outro aspecto importante é manter uma rotina saudável nas semanas anteriores à cirurgia. Adotar uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e pobre em alimentos gordurosos, contribui para uma melhor circulação e acelera a cicatrização. Manter-se hidratado e praticar exercícios leves, como caminhadas diárias, também auxilia no preparo físico, reduzindo inchaços e garantindo uma recuperação mais tranquila.

No dia do procedimento, vista roupas confortáveis e evite o uso de cremes ou loções nas pernas, pois podem interferir na adesão de curativos e na esterilidade do local. Se você fuma, é altamente aconselhável reduzir ou interromper o hábito antes e após a cirurgia, já que o cigarro compromete a oxigenação dos tecidos. Seguindo essas orientações simples, você estará pronto para vivenciar uma cirurgia mais segura e eficaz. Esse cuidado faz toda a diferença.

avaliando pacientes com varizes
Médico avaliando pacientes com varizes. (Foto: Canva)

Cuidados no Pós-Operatório e Tempo de Recuperação

Tão importante quanto a execução correta do procedimento é a fase de pós-operatório, momento em que o corpo inicia seu processo de regeneração e adaptação. Para garantir uma recuperação tranquila e reduzir o risco de complicações, o primeiro passo é seguir as orientações do cirurgião vascular à risca. Geralmente, recomenda-se o uso de meias de compressão nas primeiras semanas, pois elas auxiliam na circulação, diminuem inchaços e aceleram a cicatrização.

Outro ponto essencial é o cuidado com as incisões. A higienização correta, mantendo-as sempre limpas e secas, previne infecções e facilita a formação de tecidos saudáveis. Dependendo do tipo de técnica utilizada, o médico pode sugerir sessões de fisioterapia ou exercícios leves, como caminhadas diárias, para estimular o retorno venoso e evitar a formação de coágulos.

Em relação ao retorno às atividades, na maioria dos casos, é possível retomar tarefas cotidianas em poucos dias, porém convém evitar exercícios de alto impacto ou que forcem muito as pernas durante as primeiras semanas. O tempo de afastamento do trabalho também varia conforme a extensão do procedimento, mas costuma ficar entre uma e três semanas. Esses cuidados iniciais fazem toda a diferença para uma recuperação eficaz, garantindo resultados duradouros e maior bem-estar a longo prazo.

Prevenção e Cuidados Diários para Evitar Varizes

Embora a cirurgia seja uma opção segura para tratar casos mais avançados, a prevenção continua sendo o melhor caminho para quem deseja manter as veias saudáveis e evitar o desconforto. Uma das principais recomendações médicas é a prática de exercícios físicos regulares, pois atividades como caminhadas, ciclismo e natação estimulam o retorno venoso, fortalecem a musculatura das pernas e reduzem a sobrecarga nas veias. Associar essas práticas a intervalos de descanso para quem passa muitas horas em pé ou sentado também faz diferença: levantar-se a cada duas horas e alongar as pernas ajuda a ativar a circulação.

A adoção de uma dieta balanceada, rica em fibras, legumes e frutas, pode contribuir para o controle do peso, fator crucial para diminuir a pressão sobre os membros inferiores. Além disso, ingerir água em quantidade adequada melhora a viscosidade do sangue e facilita o funcionamento do organismo como um todo. É importante lembrar que o uso de meias de compressão leves, sob orientação de um profissional, também é eficaz para auxiliar na prevenção de veias dilatadas.

Por fim, vale reforçar que evitar o tabagismo e moderar o consumo de bebidas alcoólicas são atitudes que minimizam inflamações e protegem a saúde vascular. Seguir esses cuidados diários não apenas previne problemas de circulação, mas proporciona maior qualidade de vida e bem-estar geral.

Conclusão

A saúde vascular desempenha um papel essencial na qualidade de vida, e saber identificar quando um procedimento cirúrgico é necessário faz toda a diferença para o sucesso do tratamento. Dores constantes, sensação de peso e alterações na coloração da pele são indícios claros de que as veias já não estão cumprindo bem sua função. Nesses casos, a orientação de um cirurgião vascular é indispensável para definir a melhor abordagem, seja por métodos menos invasivos ou por intervenções mais tradicionais.

Além disso, vale ressaltar a importância de manter hábitos saudáveis mesmo após a cirurgia, como praticar atividades físicas regularmente, controlar o peso corporal e utilizar meias de compressão conforme a recomendação médica. Tais cuidados visam não apenas acelerar a recuperação, mas também evitar a reincidência de problemas venosos. Fontes confiáveis, como publicações científicas e guidelines de sociedades médicas, comprovam que a mudança de estilo de vida aliada ao acompanhamento profissional eleva consideravelmente as chances de sucesso em longo prazo.

Se você está em Brasília ou região e precisa de avaliação ou deseja saber mais sobre as opções de tratamento, entre em contato com a Angioclínica, referência no assunto. Agende uma consulta e cuide de suas pernas com segurança e confiança.

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Dr. Eduardo Horta
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